No Brasil o primeiro sistema automatizado a chegar foi o de esteiras
rolantes. Este sistema precisava de operador.
As maquinas ficavam uma atrás da outra formando um circulo e
ao lado delas passavam duas esteiras rolantes.
A superior que alimentava a produção e a inferior para a
operadora descartar a caixa que havia produzido e levar de volta ao operador
para distribuir para a operação seguinte.
Num dos extremos deste circulo ficava o operador e uma gaiola
onde ficavam as caixas plásticas que eram enviadas para as operações.
A esteira transportava caixas plásticas até as maquinas de
costura que ficavam agrupadas de acordo com o seu tipo. (overlocks, retas,
colaretes, etc.)
O operador abastecia as operações seguindo a seqüência
operacional de montagem do produto fornecida pela Engenharia de Produção.
Todas as operações sempre tinham duas caixas.Uma para ser
trabalhada pela operadora e outra para ficar na reserva.
Assim era garantido que nenhuma operadora pararia por falta
de alimentação na operação.
Neste sistema alimentado por esteira, quando a operadora
terminava sua operação, ela descartava a caixa na esteira inferior e
automaticamente a caixa que estava de reserva caia na área de trabalho da
operadora.
Neste momento no painel de comando da esteira uma luz acendia,
sinalizando a máquina que estava sem caixa reserva para o operador enviar uma
nova caixa.
O operador colocava uma nova caixa na esteira superior que
era levada até a operação que estava sem caixa reserva.Na máquina que estava
sem caixa reserva havia um braço mecânico que pegava a caixa que tinha sido
enviada pelo operador.
No sistema de pinças rolantes que vimos no capítulo anterior,
as pinças seguiam para a próxima operação utilizando um declive da via de
descarte, o que permitia a pinça ir rolando até a próxima operação.
Baseado neste mesmo processo de abastecimento, engenheiros
criaram um sistema automatizado e inteligente que movimenta as pinças na
produção.
Quem realiza a tarefa de alimentar cada operadora é um
sistema computadorizado com um programa especial que informa a seqüência
operacional e encaminha as pinças de operação em operação até a finalização.
O sistema inteligente
leva algumas pinças até a operadora de costura. Ao término de sua operação a
operadora aciona um botão em sua máquina e a pinça que está pronta é recolhida
e segue para a próxima operação. Existem sempre pinças entrando na área de produção
e pinças prontas sendo levadas para a operação seguinte.
As indústrias de confecção modernas utilizam muito este
sistema porque é versátil e possibilita trabalhar com diversos artigos.